Capela Sistina.
A Capela Sistina é uma capela situada no

Era um projeto relativamente simples e despretensioso, no início, destinado ao culto particular dos papas e da alta hierarquia eclesiástica, contudo, fruto de uma época de expansão política e territorial da Santa Sé, viria a tornar-se num dos símbolos desta, tamanha magnificência adquiriu.
A celebridade da capela deve-se, também, ao fato de que nela se realizam os conclaves para a eleição do Sumo Pontífice da Igreja Católica Romana.
Contexto histórico
A virada do Quattrocento para o Cinquecento foi um dos momentos mais marcantes para a História da Arte Ocidental, quiçá mundial. A Itália, com epicentro em Florença, deu ao mundo uma tal gama de geniais artistas que parece milagrosa. “Não há como explicar a existência do gênio. É preferível apreciá-lo”, diz Gombrich, tentando entender por que tantos grandes mestres nasceram no mesmo período.
A Capela Sistina é um dos locais mais propícios para aquilatar a dimensão desta explosão criativa. Para a sua feitura concorreram os maiores nomes de que dispunha a Itália no momento.
Sisto IV, como parte da política que empreendia para o restabelecimento do prestígio e fortalecimento do papado, convocou a Roma os maiores artistas da Itália. Florença era o centro de excelência até então. De lá e da Úmbria vieram os maiores nomes, fato que deslocaria para Roma a capitalidade cultural, que atingiria o zênite algumas décadas depois, com a eleição de Júlio II para ocupar a Cátedra de São Pedro. Para a história da cultura o significado do projeto e construção da Sistina é imenso, juntamente com as demais obras encomendadas por Sisto IV.

Com exceção de Ghirlandaio, os pintores que nela assinalaram seus talentos avançam com a sua obra o século seguinte e os gênios que mudaram os rumos da pintura no período estão todos estreitamente relacionados com eles: Ghirlandaio fora mestre de Michelangelo; Rafael aprendiz de Perugino; e no atelier de Verrocchio passaram: Leonardo, Perugino e Botticelli.
Mais que um liame entre o Quattrocento e o Cinquecento, esta geração de artistas “representa um ponto final, a constatação de uma crise. Algo que ficará manifesto pelo fato de que tanto Leonardo como Michelangelo construírem em boa medida suas respectivas linguagens sobre a negação da deles”.
Arquitetura e decoração
Baccio Pontelli foi o autor do projeto arquitetônico para a construção da capela. Este florentino era um dos responsáveis pela reformulação e revitalização urbanística que Sisto IV efetuava em Roma, tendo realizado dezenas de obras públicas.
No projeto, construído com a supervisão de Giovannino de Dolci entre 1473 e 1484, emprestaram seus dons: Perugino, Botticelli, Ghirlandaio, Rosselli, Signorelli, Pinturicchio, Piero di Cosimo, Bartolomeo della Gatta, Rafael e outros. Coroando este festival, alguns anos depois, um dos maiores gênios artísticos de todos os tempos: Michelangelo Buonarroti.

As dimensões do projeto de Baccio Pontelli tiveram como inspiração as descrições contidas no Antigo Testamento relativas ao Templo de Salomão. A sua forma é retangular medindo 40,93 m de longitude, 13,41 m e largura e 20,70 m de altura. Os numerosos artistas vestiram o seu interior, esculpindo e pintando as suas paredes, transformando-a em um estupendo e célebre lugar conhecido em todo o mundo pelas maravilhosas obras de arte que encerra.
Uma finíssima transenna de mármore, em que trabalharam Mino de Fiesole, Giovanni Dálmata e Andréa Bregno, divide a capela em duas partes desiguais. Os mesmos artistas levaram a cabo a construção do coro.
Internamente, as paredes, divididas por cornijas horizontais, apresentam 3 níveis:
- o primeiro nível, junto ao chão em mármore - que, em alguns setores, apresenta o característico marchetado cosmatesco - simula refinadas tapeçarias. No lado direito, próximo à transenna está o coro;
- o intermediário é onde figuram os afrescos narrando os episódios da vida de Cristo e de Moisés. A cronologia inicia-se a partir da parede do altar, onde se encontravam, antes da feitura do Juízo Final de Michelangelo, as primeiras cenas e um retábulo de Perugino representando a Virgem da Assunção, a quem foi dedicada a capela.
- o nível mais alto, onde estão as pilastras que sustentam os pendentes do teto. Acima da cornija estão situadas as lunettes, entre as quais foram alocadas as imagens dos primeiros papas.
Afrescos
Afrescos inspirados em cenas do Velho e do Novo Testamento decoram as paredes laterais, assim como o teto.
Precisamente, na parede esquerda, a partir do altar, estão as cenas do Velho Testamento a representar:
- Moisés a caminho do Egito e a circuncisão de seus filhos, obra de Pinturicchio;
- Cenas da Vida de Moisés, de Botticelli;
- Passagem do Mar Vermelho, de Cosimo Rosselli;
- Moisés no Monte Sinai e a Adoração do Bezerro de Ouro, de Rosselli;
- A Punição de Korah, Natan e Abiram, de Botticelli;
- A Morte de Moisés, de L. Signorelli.
Na parte direita, também a partir do altar, as cenas do Novo Testamento:
- O Batismo de Jesus, de Pinturicchio;
- Tentação de Cristo e a Purificação do Leproso, de Botticelli;
- Vocação dos Apóstolos, de Ghirlandaio;
- Sermão da Montanha, de Rosselli;
- A Entrega das Chaves a São Pedro, de Perugino;
- A Última Ceia,de Rosselli.
Entre as janelas, 6 de cada lado, figuram vinte e quatro (24) retratos de papas, pintados por Botticelli, Ghirlandaio e Fra Diamante. Na abóbada estão os famosos afrescos de Michelangelo, pintados entre 1508 e 1512. O mesmo artista realizaria entre os anos de 1535 e 1541, na parede do altar, o Juízo Final.
Rafael realizou uma série de tapeçarias que, em ocasiões especiais, vestem as paredes.
O Teto da Capela Sistina (Michelangelo)
Na realização desta grandiloqüente obra concorreram amor e ódio. Michelangelo teria feito este trabalho contrariado, convencido que era mais um escultor que um pintor. Encarregado pelo Papa Júlio II, sobrinho de Sisto IV, de pintar o teto da capela, julgou ser um conluio de seus rivais para desviá-lo da obra para a qual havia sido chamado a Roma: o mausoléu do Papa. Mas dedicou-se à tarefa e o fez com tanta mestria que praticamente ofuscou as obras primas de seus antecessores na empresa. Os afrescos no teto da Capela Sistina são, de fato, um dos maiores tesouros artísticos da humanidade.
É difícil acreditar que tenha sido obra de um só homem, pois dispensara os assistentes que havia contratado inicialmente, insatisfeito com a produção destes, e que o mesmo ainda encontraria forças para retornar ao local, duas décadas depois, e pintar na parede do altar, sacrificando, inclusive, alguns afrescos de Perugino, o Juízo Final, entre 1535 e 1541, já sob o pontificado de Paulo III.
A superfície da abóbada foi dividida em áreas concebendo-se arquitetonicamente o trabalho de maneira que resultasse numa articulação do espaço entremeado por pilares. Nas áreas triangulares alocou as figuras de profetas e sibilas; nas retangulares, os episódios do Gênesis. Para entender estas últimas deve-se atentar para as que tocam a parede do fundo:
- Deus separando a Luz das Trevas;
- Deus criando o Sol e a Lua;
- Deus separando a terra das águas;
- A Criação de Adão;
- A Criação de Eva;
- O Pecado Original e a Expulsão do Paraíso;
- O Sacrifício de Noé;
- O Dilúvio Universal;
- Noé Embriagado.
O Juízo Final (Michelangelo)
A parede do altar foi destinada a conservar a maior pintura na qual Michelangelo dedicou, desde 1534, todo seu engenho e força: o Juízo Final.
O afresco ocupa inteiramente a parede atrás do altar. Para sua execução, duas janelas foram fechadas e algumas pinturas da época de Sisto IV apagadas: os primeiros retratos de papas; a primeira cena da vida de Cristo e a primeira da vida de Moisés. Uma imagem da Virgem da Assunção de Perugino, e os afrescos das duas lunettes, onde o próprio Michelangelo havia pintado os ancestrais de Cristo.
A grandiosidade da personalidade do grande mestre se revela aqui, com toda sua potência, devido sobretudo à concepção e a força de realização da obra.
Aqui, o "Pai do Barroco", como querem alguns, já desnuda de forma marcante os novos rumos que o artista imprimira em sua arte. A liberdade em relação aos cânones anteriores, da chamada Alta Renascença, manifesta-se na rigorosa maneira com que trata a figura humana. O que seria chamado o terribile por seus contemporâneos.
Michelangelo expressa vigorosamente o conceito de Justiça Divina, severa e implacável em relação aos condenados. O Cristo, parte central da composição, é o Juiz dos eleitos que sobem ao Céu por sua direita, enquanto os condenados, abaixo de sua esquerda esperam Caronte e Minos.
A ressurreição dos mortos e os anjos tocando trombetas completam a composição.
Deus
A existência de Deus
Há milênios, a questão da existência de Deus foi levantada dentro do pensamento do homem, e os principais conceitos filosóficos que investigam e procuram respostas sobre esse assunto, são:
- Deísmo - Doutrina que considera a razão como a única via capaz de nos assegurar da existência de Deus, rejeitando, para tal fim, o ensinamento ou a prática de qualquer religião organizada. O deísmo é uma postura filosófica-religiosa que admite a existência de um Deus criador, mas rejeita a idéia de revelação divina.
- Teísmo - Teísmo é um conceito surgido no século XVII (R. Cudworth, 1678) contrapondo-se ao moderno ateísmo, deísmo e panteísmo. O teísmo sustenta a existência de um deus (contra o ateísmo), ser absoluto transcendental (contra o panteísmo), pessoal, vivo, que atua no mundo através de sua providência e o mantém (contra o deísmo). No teísmo a existência de um deus pode ser provada pela razão, prescindindo da revelação; mas não a nega. Seu ramo principal é o teísmo Cristão, que fundamenta sua crença em Deus na Sua revelação sobrenatural através da Bíblia. Existe ainda o teísmo agnóstico, que é a filosofia que engloba tanto o teísmo quanto o agnosticismo. Um teísta agnóstico é alguém que admite não poder ter conhecimento algum acerca de Deus, mas decide acreditar em Deus mesmo assim. A partir do teísmo se desenvolve a Teologia, que é encarada principalmente, mas não exclusivamente, do ponto de vista da fé. Embora tenha suas raízes no teísmo, pode ser aplicada e desenvolvida no âmbito de todas as religiões. Não deve ser confundida com o estudo e codificação dos rituais e legislação de cada credo.
- Ateísmo – Contrapondo-se à visão da teologia, o ateísmo nega a existência de Deus ou dos deuses. Para alguns ateus, o conceito Deus deixou como sequela para a humanidade uma inumerável quantidade de tradições e costumes, mantidas em seu nome, que conduziram o ser humano a um segundo plano, fato este que fez girar a roda da história contra ele mesmo, subjugando-o à vontade deste conceito intangível, e limitando sua vida e sua criatividade por gerações e gerações.
- Agnosticismo – Dentro da visão agnóstica, não é possível provar racionalmente a existência de Deus, como também é igualmente impossível provar a sua inexistência. O politeísmo e o monoteísmo enquadram-se dentro de uma visão gnóstica de deus, isto é, Deus ou os deuses são seres cujos atributos estão perfeitamente definidos ou revelados em seus livros sagrados. Para um agnóstico, no entanto, Deus pode até existir, porém suas características são incompreensíveis para a razão humana.
- Martinismo - Nesta doutrina, podemos encontrar no livro Corpus Hermeticum a seguinte citação: "vejo o Todo, vejo-me na mente... No céu eu estou, na terra, nas águas, no ar; estou nos animais, nas plantas. Estou no útero, antes do útero, após o útero -estou em todos os lugares."
O homem primitivo ao realizar cultos religiosos na busca da clemência de Deus não só durante a sua vivência na terra mas também na sua vida após a morte, demonstrou uma tomada de consciência da existência de sua alma. Isto mostra talvez, um despertar para a existência da dualidade do ser humano – matéria x espírito. Os estudiosos afirmam que o homem primitivo tenha despertado para consciência da alma no momento em que passou a questionar a realidade de seus sonhos, nos quais ele vivenciou e sentiu a presença de outros homens, mulheres, crianças, rios, sol, lua, casa, árvore, as mesmas coisas que ele viu e sentiu durante a vigília. O seu sonho era uma realidade espiritual idêntica, em formas, à sua realidade material, mas as vivências em sonho eram diferentes das suas vivências durante a vigília: assim passou a perceber a existência de sua alma. O homem moderno não é diferente do homem primitivo na sua busca pela tomada de consciência da alma. Não importa o nome que se dê a alma, pode ser espírito, sopro divino, eu interior, eu superior ou consciência divina, até hoje o homem busca conhecer este mistério que é a vida. A manifestação da vida na criação é um dos grandes mistérios, senão o maior, a ser desvendado pelo homem, quando ele despertar para esta tomada de consciência que é viver, refletindo a vida Divina, aí sim ele estará vivenciando e refletindo a obra do Grande Arquiteto Universal. Na busca por esta tomada de consciência da alma pode-se encontrar homens que não acreditam na sua existência, ou seja, no mundo espiritual. Crêem apenas no mundo material, para eles o homem é apenas o seu corpo físico e a sua consciência a manifestação de suas atividades cerebrais e, muitos por assim pensarem, crêem que a inteligência é fruto de raciocínio concreto e racional, entretanto não se pode confundir pessoas materialista com ateus. Estes últimos não acreditam na existência de Deus e os materialistas não acreditam na existência do Espiritual. Levados talvez por não terem uma concepção concreta e racional da sua existência, os ateus não acreditam em Deus, todavia passam a acreditar no homem, nesta força Divina que existe em todas as criaturas. Na tentativa em descobrir o seu Criador o homem depara-se com um enigma: a existência de um Deus Onipresente, Onipotente e Onisciente, ou seja um Deus absoluto, Criador e Criatura ao mesmo tempo. Se Deus é Criador e Criatura ao mesmo tempo, haja visto a sua manifestação através das coisas criadas – homens, animais, árvores, rios, sol, lua, estrelas, nuvens, terra, etc.– logo, externamente ele não existe. Se o homem é a criatura criada pelo criador ele é a criatura e é o criador; mas com sua queda, envolvimento, o homem esqueceu a consciência de sua alma, sua existência, por isso está na terra nesta busca, procurando se encontrar com o seu Criador, mas buscando Deus fora dele não O encontra e por não encontrá-Lo fora dele não acredita na sua existência e não a concebe intrinsecamente em todas as coisas e em si, acreditando muitas das vezes no homem, na criatura Divina que é a manifestação de Deus o Criador, mas não consegue ver Deus na Criatura. O homem que acredita na existência de um ser Divino dentro de si mesmo, acredita na existência de um Ser Supremo que rege e comanda tudo quanto há, é um espiritualista; a criatura é o Criador se manifestando, como já foi dito o homem busca desvendar os mistérios da Vida, porém o que é a Vida? Pôr que a Vida é Vida? Encontra-se mais uma trindade da criação: Criador, Criatura e Existência; a existência é a vida, a vida é a criatura e a criatura é a manifestação do Criador que por sua vez é a vida. Pode-se afirmar que a vida é a existência de tudo quanto há, logo, se Eu [criatura] existo sou vida, logo, também SOU Criador e crente no Ser Supremo e Superior.
Variantes especulativas
- Algumas pessoas especulam que Deus ou os deuses são seres extra-terrestres. Muitas dessas teorias sustentam que seres inteligentes provenientes de outros planetas visitaram a Terra no passado e influenciaram no desenvolvimento das religiões. Alguns livros, como o livro "Eram os Deuses Astronautas?" de Erich von Däniken, propôem que tanto os profetas como também os messias foram enviados ao nosso mundo com o objetivo exclusivo de ensinar conceitos morais e encorajar o desenvolvimento da civilização.
- Especula-se também que toda a religiosidade do homem criará no futuro uma entidade chamada Deus, a qual emergirá de uma inteligência artificial. Arthur Charles Clarke, um escritor de ficção científica, disse em uma entrevista que: “Pode ser que nosso destino nesse planeta não seja adorar a Deus, mas sim criá-Lo”.
- Outros especulam que as religiões e mitos são derivados do medo. Medo da morte, medo das doenças, medo das calamidades, medo dos predadores, medo do desconhecido. Com o passar do tempo, essas religiões foram subjugadas sob a tutela das autoridades dominantes, as quais se transformaram em governantes divinos ou enviados pelos deuses. Dessa forma, a religião é simplesmente um meio para se dominar a massa. Napoleão Bonaparte disse que: “o povo não precisa de deus, mas precisa de religião”, o que quer dizer que a massa necessita de uma doutrina que lhe discipline e lhe estabeleça um rumo, sendo que deus é um detalhe meramente secundário.
- A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias ensina que há muitos deuses, e que o Deus pai que adoramos foi anteriormente um ser humano, "um homem exaltado, entronizado em céus distantes".
Finalmente acabei, ufff.
Espero que tenhas gostado, é que espero mesmo.
Beijinhos.
H.F.D.
1 comentário:
bem arece k a minha ideia resultou mui bien! parabens! bigado pela paciencia hj! és um kido! :) qdo precisares eu tb cá tou! bjxxxxxxxxxx
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